quinta-feira, 11 de agosto de 2011




Esse só é mais um daqueles dias em que ela acorda e vê a vida. Tão cansada de tudo, cheia de pensamentos enraizados na mente. Há tempos ela vem vivendo uma vida que não é sua. Guarda um sentimento triste, uma angústia. Nunca se sente completamente feliz. Todos os dias, ao entardecer, ela sente que sua vida vai se acalmar. Talvez seja o calmo por do sol, ou quem sabe aquela brisa do anoitecer que á deixe assim. Calma e lentamente ela aguarda a chegada da noite, para que ninguém possa julgá-la, nada de desaforos, nada de brigas, nada de pessoas que não fazem a menor diferença. Só ela, seu travesseiro, sua cama, e seu coração. Nunca foi de seu costume usar a cama adequadamente, sempre adormece virada pra janela, observando as estrelas, tentando cada dia mais ficar um pouco mais próxima de Deus. Apesar de tudo, ela vive. Ela espera, e luta acima de tudo. Ela se torna a calma diante da fúria, o feixe de luz que invade aos poucos e lentamente a escuridão, vira uma estrela, aquela mais brilhante, e acima de tudo espera seu momento. Espera o momento em que ela descubra o porquê lutou até chegar aqui, espera pela felicidade, ela busca a felicidade. Enfrentando a luta de todos os dias ela se esconde, cria uma cópia perfeita de pele que reveste cada fraqueza, uma camada dura que faz com que ela suporte a cada dia sem desabar. Poucos, aqueles poucos, tem acesso livre a seu coração, poucos conseguem fazer com que ela guarde sua armadura e seja somente ela, somente uma menina tímida e cheia de sonhos. Sonhos que ela já duvida se existem. Sonhos que ela usa como desculpa por continuar vivendo. No fim de tudo, ela fecha os olhos, e adormece, não somente cai. Ela dorme depois de lágrimas que vieram, lágrimas antigas, mas que a cada dia purificam sua alma cansada e triste.

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